Não me diga que o mundo vai ficar assim
Um refém de nada ou qualquer coisa
Nestes tempos de gestos e relatos de dor
Lembro o passado um tempo onde pude dividir
Um toque, um copo, um beijo, uma mentira, um fim
Com a saudade que quem já soube o que é ser feliz
A gente não pode aceitar que tudo fique como está
Com o amargo sem fim de um rosto sem lugar
Estendo a mão, eu digo sim, eu piso a terra
E trago você pra perto do outro e de mim
Hoje estou quieta e sem estar afim
Da nova história, do novo fato que há de medir
A quantidade de vozes que deixamos de ouvir
Mas vejo a imagem de um mundo onde queremos viver
Sem caridade, sem pressa e sem o desejo de ter
Com a beleza da livre suspensão do amor
A gente não pode aceitar que tudo fique como está
Com o amargo sem fim de um rosto sem lugar
Estendo a mão, eu digo sim, eu piso a terra
E trago você pra perto do outro e de mim